sábado, 18 de agosto de 2018

A Assunção de Maria.(Lucas, 1, 39-56)


A Assunção de Maria.(Lucas 1,39-56)
EVANGELHO DO DOMINGO 21/08/16(Assunção de Maria)- 2
Antoni BigCuore Casagrande*
Data: 18.08.2018
Local: Brasil, São Paulo,SP.
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            Assunção de Nossa Senhora ao Céu
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O evangelho desse domingo, a Igreja celebra a Assunção de Maria. Está previsto em Lucas, capítulo 1, versículos de 39 a 56.
Maria parte no lombo de um burrinho, nas regiões montanhosas, e se dirige às pressas, a uma cidade da Judéia. Ela entra na casa de Zacarias, esposo de Isabel, que estava grávida, visando a lhe trazer a sua solidariedade.

 Quando Isabel ouve a saudação de Maria, a criança no seu ventre exulta de alegria e Isabel fica cheia do Espírito Santo.
 E num grande grito exclama:
“VOCÊ É BENDITA ENTRE TODAS AS MULHERES,
e é bendito o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre!. Bem aventurada aquela que ACREDITOU, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu”. ( 1 )

Depois Maria, proclama o Magnificat, o verdadeiro Canto dos Pobres. Deus, através de Maria, demonstra todo o seu apreço e carinho para com os pobres e oprimidos.
Porque em sua época e, mesmo nos dias atuais, os pobres, que são maioria no mundo, são sempre os mais sofridos e oprimidos pelos poderosos.

O “Fiat” (sim) de Maria ao Projeto de Deus, nos deu a liberdade de sermos chamados Filhos de Deus. Ela não é deusa, mas é considerada pelo teólogos, como Co-Redentora da Humanidade. A maior Intercessora que temos no Céu.

Ele é a primeira Discípula e primeira Cristã. Ela é a Medianeira de todas as graças!. Imaculada, Rainha dos Anjos e de todos os Santos! Mulher especialíssima, escolhida por Deus, antes da criação do mundo!. É uma pena que os nossos irmãos “evangélicos”, não entendem isso.

Até mesmo, MARTINHO LUTERO, que era monge beneditino, criador do Protestantismo, NUNCA falou mal de Maria, pelo contrário, ela tinha grande devoção à Mãe de Deus e nossa Mãe.

O que aconteceu é que, ao longo da história, os pastores evangélicos foram incutindo na mente de seus discípulos quase que um “ódio” ao culto de Maria Santíssima. Afinal, será que eles não têm Mãe? Ou nasceram de “chocadeira?".
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                                      UM POUCO DE HISTÓRIA
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Nossa Senhora foi elevada ao céu de corpo e alma após sua morte, fenômeno  que a Igreja,  desde os primeiros séculos,  chama de "dormição"; isto é, a morte de Maria, se ocorreu como um suave sono.
A Assunção de Nossa Senhora difere da Ascensão de Nosso Senhor; Jesus Cristo subiu ao céu por seu próprio poder, enquanto sua Mãe foi assunta ao céu pelos Anjos, ou seja,  pelo poder de Deus.

Ora, há vários argumentos racionais em favor da Assunção de Nossa Senhora, primeiramente, havendo entrado de modo sobrenatural nesta vida, seria normal que saísse da mesma maneira, esse é um princípio de harmonia nos atos de Deus.

Se Deus a quis privilegiar Imaculada Conceição, tanto mais normal seria completar o ato na morte gloriosa. Nosso Senhor tomou a humanidade do corpo de sua Mãe; sua carne era a carne de sua Mãe, seu sangue era o sangue de sua Mãe; como permitir que sua carne, presente na carne de sua Santíssima Mãe, fosse corrompida pelos vermes e tragada pela terra ?

Ele que nasceu das entranhas amorosíssimas de Maria Santíssima permitiria que essas sofressem a podridão do túmulo e o esquecimento da morte ?

A Assunção de Maria, foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja; ela não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está implícita. Vejamos as citações abaixo:

“Eu porei inimizade entre você e a mulher, entre a descendência de você e os descendentes dela. Estes vão lhe esmagar a cabeça, e você ferirá o calcanhar deles" (Gn 3,15).

Este trecho do Gênesis, chamado de protoevangelho, é o primeiro anúncio do triunfo de Cristo sobre Satanás e, juntamente com Ele, a vitória de Maria, a mulher que esmaga a cabeça da serpente. Como nova Eva, a Virgem Maria está estreitamente unida ao novo Adão, Jesus, na sua luta contra o pecado e no seu esplendor sobre a morte.

"Honre seu pai e sua mãe: desse modo, você prolongará sua vida, na terra que Javé seu Deus dá a você" (Ex 20,12). Sabemos que Cristo foi o mais perfeito cumpridor dos mandamentos, portanto, além de honrar o Pai, deveria também honrar a Mãe. Qual o filho que, tendo o poder de livrar sua mãe da morte e da corrupção, não o faria ?  Um filho que abandonasse a própria mãe desta forma não a estaria desonrando ?

"Filhas de reis saem ao seu encontro. De pé, à sua direita, está a rainha, ornada com ouro de Ofir. Ouça, filha, veja e incline o seu ouvido: esqueça o seu povo e a casa de seu pai, pois o rei se apaixonou por sua beleza.

Prostre-se na frente dele, pois é o seu senhor! Entra agora a princesa, belíssima, vestida com pérolas e brocados. Eles a levam perante o rei, com séquito de virgens, e suas companheiras a seguem. Com júbilo e alegria a conduzem, e elas entram no palácio real” (Sl 45(44), 10-12.14-16).

 Neste texto os Santos Padres viram a Virgem Maria em sua entrada triunfal na glória, aproximando-se do trono do Rei imortal, Cristo Senhor.

Qual filho, podendo, não preservaria sua Mãe da morte ?
A dignidade de Filho de Deus feito homem exigia que não deixasse no túmulo Aquela de quem recebera o seu Corpo Sagrado. Nosso Senhor Jesus Cristo, por assim dizer, preservando o corpo de Maria Santíssima, preservava a sua própria carne.

Como seria possível que o Filho, tendo sido unido à sua Mãe em toda a sua vida, na sua infância e na sua dor, não se unisse à Ela na sua glória ?
Que recompensa o Pai não teria dado aquela que por Ele mesmo tinha sido eleita para ser a Mãe de seu Filho unigênito ?  Se é impossível descrever a magnificência do céu, é impossível também, fazer idéia adequada da glória que Maria Santíssima possui desde o dia da Assunção.

Sempre foi crença pacífica dos fiéis na igreja que o corpo da Virgem concebido imaculado, sem a nódoa do pecado original, corpo que não conheceu sombra do pecado, corpo que foi o berço, onde tomou carne o próprio Verbo de Deus ao fazer-se homem, não podia estar sujeito à corrupção mas devia ser glorificado junto com a alma na glória celeste.

Esta festa, celebrada no dia 15 de agosto, objeto de culto há muitos séculos, foi solenemente definida pela autoridade suprema da Igreja, o Papa Pio XII. Foi uma verdadeira apoteose tanto na Praça de São Pedro em Roma como nas outras cidades do mundo católico, quando o Papa decretou o dogma; não foi uma decisão tomada de um dia para o outro, mas o fruto maduro de um longo processo de aprofundamento da Escritura e da Tradição. Eis suas palavras:

" ... e pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma de fé revelado por Deus que: a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma" (O dogma da Assunção foi proclamado em 01/11/1950, por meio da Constituição Apostólica "Munificientissimus Deus").

Tenham todos um feliz e santo domingo! Que a bênção do Deus, rico em Misericórdia, desça sobre Você e seus familiares, em nome do Deus Pai, do Deus Filho, Jesus Cristo e o Deus Espírito Santo.Amém!
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(*) Antoni BigCuore Casagrande é escritor e Comunicador do Evangelho de Jesus Cristo para todo o planeta. Acesse e divulgue seu Blog Bem Viver Brazil – HTTP://antonibigcuore.blogspot.com (autoconhecimento, espiritualidade e vida saudável) e seu link poético e filosófico: WWW.recantodasletras.com.br/autores/antonibigcuore
(1) Bíblia Paulinas, edição pastoral, páginas: 1.310/311.(grifos meus)

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